Assassino de Aracruz disse à polícia que agiu sozinho, mas outros envolvidos são investigados, afirma governador do ES

Foto: Agência Metrópoles – Reportagem Agência Brasil

Em depoimento à polícia, o atirador do ataque a escolas em Aracruz disse ter agido sozinho no crime. A informação foi dada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), neste domingo (27), que informou que, apesar da afirmação, a polícia apura se ele teve ajuda de outras pessoas no ataque.

“Ele disse que agiu sozinho, mas isso não é suficiente para a polícia. A polícia vai de fato fazer toda a investigação técnica”, informou Casagrande.

Entre os pontos investigados estão o acesso e habilidade com armas, saber dirigir e ter acesso ao carro. Além do envolvimento com grupos extremistas. No dia do crime, ele usava vestimentas com um símbolo nazista.

“A investigação que vai dizer como ele com 16 anos tinha tanta habilidade com armas e como ele conseguiu carregar e recarregar”, disse o governador.

As armas usadas na ação eram do pai, um policial militar. A polícia apura se há envolvimento do genitor no acesso e manuseio. “A PM está sim no processo de investigação mas é a Polícia Civil que vai dizer se de fato teve cumplicidade”, disse o governador. Ele não informou se o PM já foi ouvido pela polícia.

Casagrande ainda disse que a polícia apreendeu o telefone e o computador do assassino para apurar se ele tinha relação com grupos extremistas.

“Nós temos acesso ao seu telefone, aos seus computadores, aos interrogatórios, então é um processo de investigação pra ver se ele tinha algum envolvimento com algum grupo de fora neonazista”.

De acordo com a Polícia Civil, o assassino que atacou as duas escolas, por ter 16 anos, vai responder por ato infracional análogo a três homicídios e a 10 tentativas de homicídio qualificadas. O número é menor que o de vítimas no ataque porque algumas não foram baleadas, mas se feriram na correria dos alunos em fuga.

Vítimas

Quatro pessoas morreram no ataque que aconteceu na sexta-feira (25). As vítimas são a estudante Selena Sagrillo, de 12 anos, e as professoras Maria da Penha Pereira de Melo Banhos de 48 anos, Cybelle Passos Bezerra, de 45 anos e Flávia Amboss Merçon Leonardo.

Os corpos de Selena e Maria da Penha foram enterrados no início da tarde de sábado. Já a família de Cybelle preferiu que o corpo dela fosse cremado e levado para Pernambuco, onde a família mora. A professora Flávia morreu neste sábado (26) e vai ser enterrada neste domingo (27).

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